Certamente, o Criador do Universo não nos deixaria sem orientação nesse respeito. (Amós 3:7; Atos 17:26, 27) E há evidência incontestável de que podemos encontrar orientação divina na Bíblia. Não, a Bíblia não é, como alguns a chamam, o livro do homem branco. De fato, nenhum homem — negro ou branco — pode atribuir-se o mérito dela. “Toda a escritura é inspirada por Deus”, diz 2 Timóteo 3:16. Os ensinos verídicos e práticos da Bíblia, sua antiguidade, sobrevivência diante de ataques violentos, profecias exatas e circulação mundial sem igual — são evidências claras de sua autoria divina.
O que nos ensina esse livro? Antes de mais nada, ele nos diz que há apenas um “Deus verdadeiro”. (João 17:3) Sendo assim, como poderia existir verdade em todas as religiões? Não entram os grupos religiosos em conflito entre si sobre a própria identidade e natureza de Deus? O escritor bíblico Tiago falou da “religião pura e verdadeira”. (Tiago 1:27, A Bíblia na Linguagem de Hoje) Se é preciso identificar a religião verdadeira, deve haver também religiões falsas ou falsificadas. Isso discordaria da noção de que todas as religiões são apenas formas diferentes de se chegar a Deus.

                     As normas do Criador para a adoração

Qual é a forma correta de se adorar a Deus? A Bíblia nos ensina que a adoração genuína se baseia em conhecimento exato. O grande profeta Jesus Cristo disse certa vez a uma samaritana: “Adorais o que não conheceis.” (João 4:22) Poderia esse ser, talvez, seu caso? Foi ensinado que o Deus Todo-Poderoso tem um nome pessoal, Jeová? (Salmo 83:18) Sabe quais são Seus propósitos com respeito ao homem e à Terra? (Mateus 6:9, 10; Efésios 1:9, 10; 3:11) Oferece sua religião uma esperança realística de um futuro melhor? E se você se considera cristão, é capaz de explicar suas crenças usando as Escrituras, ou trata-se apenas de algo que lhe foi transmitido e você quase não tomou tempo para investigar?

Se descobrir que lhe falta conhecimento exato, poderá obtê-lo através dum estudo da Palavra de Deus, a Bíblia. Jeová Deus espera que seus adoradores verdadeiros estejam familiarizados com o que a bíblia, livro sagrado ensina. Mais do que isso, ele espera que eles apliquem tais ensinos na vida. Nossa atitude precisa ser igual à do salmista, que disse: “Lâmpada para o meu pé é a tua palavra e luz para a minha senda.” (Salmo 119:105) Até que ponto sua religião o ajudou a conhecer e a entender a Bíblia?

Outro aspecto importante da adoração verdadeira é a fé em Jesus Cristo, não só como um grande profeta, mas como o Filho unigênito de Deus. As Escrituras dizem claramente que Jesus é o “Agente Principal da vida”. (Atos 3:15; 4:12) Muitos professam ter fé em Jesus, mas até que ponto é real sua fé? A fé genuína em Cristo exige obediência às suas instruções. O próprio Deus incentivou isso ao declarar: “Este é meu Filho, o amado; escutai-o.” (Marcos 9:7) Assim, os adoradores verdadeiros esforçam-se a seguir, o mais de perto possível, os passos de Jesus. (1 Pedro 2:21) Um modo de fazer isso é participando na pregação pública que ele iniciou. (Mateus 4:17; 10:5-7) Será que sua religião o incentiva a participar pessoalmente nessa obra? O amor também é um requisito da adoração genuína. Jeová Deus é descrito como a própria personificação do amor, e Jesus disse aos seus seguidores que eles seriam identificados pelo amor que evidenciariam entre si. (João 13:34, 35; 1 João 4:8) Considerando os muitos milhões hoje que afirmam ser cristãos, não deveria o mundo estar praticamente saturado de amor? Na realidade, porém, nosso mundo se tem revelado como um lugar sem amor. Só neste século, as guerras extinguiram a vida de milhões de pessoas. O crime e a violência continuam aumentando. Assim, pergunte-se: ‘Se todo mundo pertencesse à minha religião, seria o mundo um lugar onde haveria mais amor?’ 

Por fim, a Bíblia mostra que os adoradores verdadeiros precisam manter-se separados do mundo que não conhece a Deus. Ao escolher a antiga nação de Israel como guardiã da adoração pura, Deus advertiu seu povo para que evitasse associar-se intimamente com as nações degeneradas que havia à sua volta. (Deuteronômio 7:1-6) Em João 17:16, Cristo Jesus disse igualmente sobre seus seguidores: “Não fazem parte do mundo, assim como eu não faço parte do mundo.” Os verdadeiros adoradores de Deus não tomam parte na política, na imoralidade, no comercialismo ganancioso, ou em quaisquer filosofias que desonrem a Deus. (João 18:36; 1 João 2:15-17) Eles obedecem à ordem registrada em Romanos 12:2: “Cessai de ser modelados segundo este sistema de coisas.” É isso o que sua religião incentiva você a fazer?

Sim, a forma como você adora realmente faz diferença para Deus. Para ele só existe uma religião verdadeira. (Efésios 4:4-6) A OPRESSÃO, a fome, as normas decadentes de moral, o vício das drogas, a ameaça duma guerra nuclear — esses são alguns dos temas abordados pelo ativismo político de alguns ministros ordenados da religião. É evidente que todos os cristãos estão preocupados com tais assuntos. Mas é o envolvimento na política o modo de aliviar as tensões mundiais?

Líderes religiosos envolvem-se na política porque querem fixar “diretrizes morais” ou advertir quando os governos tomam o “caminho errado”. O que dizer, porém, quando eles mesmos tomam o caminho errado? Há pouco tempo, por exemplo, pela causa do nacionalismo sérvio, um sacerdote sérvio bombardeou a casa dum cônsul iugoslavo nos Estados Unidos. Está claro que tal ato de terrorismo é errado, especialmente quando cometido por um sacerdote! Não importa quais os motivos dele, o sacerdote afirma representar a Deus. Contudo, a Palavra de Deus adverte claramente a todos os que crêem Nele: “Não vos vingueis, . . . pois está escrito: ‘A vingança é minha; eu pagarei de volta, diz Jeová.’” (Romanos 12:19) Atos semelhantes ao desse sacerdote enfraquecem a liderança moral que algumas religiões estão tentando prover. Além disso, mesmo na Igreja Católica, muitos têm sérias dúvidas a respeito de sacerdotes e freiras que se envolvem em revoluções. Certo jesuíta colombiano disse: “Os primeiros a sofrerem numa rebelião armada seriam os próprios pobres, não os clérigos ou os bispos. Como podemos sustentar tal atitude?” O próprio papa procurou cortar certo ativismo político, afirmando ser dever do sacerdote ou da freira ministrar às necessidades espirituais do rebanho, em vez de organizá-lo para a rebelião. A religião falsa será destruída....